Cassandra Rios, pioneira da literatura lésbica brasileira
Cassandra Rios, cujo nome real era Odete, nasceu em 1932 em São Paulo e faleceu no dia internacional da mulher, 8 de março de 2002.
Foi uma escritora polêmica que ficou conhecida pela ousadia de suas obras, consideradas por alguns como pornográficas, por outros como irresistíveis.
Nas décadas de 1960 e 1970, foi das autoras brasileiras que mais vendeu livros, chegando à marca surpreendente de 300 mil exemplares por ano, algo de que apenas Jorge Amado chegava perto na época. Foi também uma das mais perseguidas pela censura, tendo tido nada menos do que 34 de seus romances retirados de circulação pela ditadura militar.
Suas obras misturavam lesbianismo, cultos umbandistas, negócios e política, mas ela marcou a imaginação de milhares de adolescentes e jovens com as descrições diretas, sem rodeios, de encontros sexuais os mais variados. Pode-se dizer que foi a primeira escritora brasileira a mostrar a mulher como um ser sexual, com desejos próprios muito além de ter filhos.
Foi também a pioneira em retratar as lésbicas nas letras brasileiras, ainda mais por apresentá-las como pessoas cuja natureza é homossexual, não resultado de doença ou passível de re-educação como se acreditava na época.
Há apenas quatro obras dela em catálogo no momento, sendo as outras encontradas apenas em sebos.
Oferecemos aqui a melhor com temática lésbica:
Eu sou uma lésbica
Relato de 1980, super direto, que conta a fascinação da menina Flávia pela linda vizinha, dona Kênia. Você não vai acreditar nesse final, é uma surpresa e tanto!