{"id":77,"date":"2010-02-28T12:28:11","date_gmt":"2010-02-28T12:28:11","guid":{"rendered":"https:\/\/editoramalagueta.com.br\/2010\/02\/28\/malagueta-no-jornal-do-brasil2\/"},"modified":"2010-02-28T12:28:11","modified_gmt":"2010-02-28T12:28:11","slug":"malagueta-no-jornal-do-brasil2","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/editoramalagueta.com.br\/malagueta-no-jornal-do-brasil2\/","title":{"rendered":"Malagueta no Jornal do Brasil"},"content":{"rendered":"
A coluna de Helo\u00edsa Tolipan de 29 de mar\u00e7o de 2010 noticiou nosso sarau em Copacabana e falou um pouco com Karina Dias, que lan\u00e7ou Aquele dia junto ao mar<\/em> em sua cidade natal. Confira.<\/p>\n Em tempos em que homofobia virou pol\u00eamica cotidiana \u2013 vide o BBB 10 \u2013 encontramos Laura Bacellar<\/strong>, Hanna Korich <\/strong>e Karina Dias <\/strong>\u2013 homossexuais assumidas e bem resolvidas \u2013 que, ao inv\u00e9s de travar batalhas, transformam em literatura seus anseios por uma sociedade na qual diferen\u00e7a seja apenas um ponto de vista. Laura e Hanna s\u00e3o casadas e donas da editora Malagueta, especializada em literatura homossexual, e Karina, escritora. \u201cNa nossa opini\u00e3o, o melhor ant\u00eddoto contra o preconceito \u00e9 o conhecimento. Uma das raz\u00f5es para a exist\u00eancia da editora\u201d, define Laura. O resultado positivo do trabalho delas ficou expl\u00edcito no sarau batizado l\u00e9sbico-liter\u00e1rio, realizado, s\u00e1bado, junto com o lan\u00e7amento do romance Aquele dia junto ao mar<\/em>, de Karina (cuja entrevista voc\u00ea confere abaixo), na Livraria Bol\u00edvar, em Copacabana.
Egidio Bruno, dono da livraria Bol\u00edvar, Karina Dias e Laura Bacellar<\/em><\/p>\n Diversidade liter\u00e1ria<\/span><\/h3>\n
\u201cOs nossos eventos t\u00eam sido bem noticiados, recebido bons p\u00fablicos e acolhidos com carinho por livrarias e locais abertos \u00e0 diversidade. Apesar de toda a homofobia, tem muita gente nesse pa\u00eds que acha uma bobagem solene alimentar preconceito\u201d, explica Laura. O evento vespertino, que contou com outras escritoras do ramo lendo trechos de seus livros, reuniu n\u00e3o s\u00f3 mulheres. \u201cA literatura \u00e9 uma forma divertida, que entret\u00e9m, enquanto justamente informa o leitor ou a leitora sobre outras realidades. Quem l\u00ea um de nossos livros e n\u00e3o conhece l\u00e9sbicas em geral reage achando tudo muito parecido. A literatura ilumina a humanidade de todos\u201d, resume Laura.
E como lidar com quem ainda insiste em ser preconceituoso? \u201cSomos uma editora pequena e essa categoria sofre tanto, mas tanto, no mercado editorial, que n\u00e3o d\u00e1 para dizer se \u00e9 preconceito ou falta de tamanho. Claro que existem gr\u00e1ficas que se recusam a dar or\u00e7amento e algumas livrarias que n\u00e3o querem nem ouvir falar da gente, mas nosso problema \u00e9 que o mercado de distribui\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 muito amig\u00e1vel para editoras de nicho\u201d, conta.
E como vencer essa barreira? \u201cUma pessoa que conhe\u00e7a e compreenda o que s\u00e3o as minorias \u2013 ali\u00e1s, qualquer minoria, n\u00e3o apenas gays e l\u00e9sbicas ou transg\u00eaneros \u2013 perde o medo, n\u00e3o v\u00ea mais nenhuma amea\u00e7a naquilo. Os fundamentalismos alimentam medo e separa\u00e7\u00e3o pela ignor\u00e2ncia, enquanto o contato calmo e informado com outras culturas, outros grupos, alimenta o respeito pelo ser humano em seus v\u00e1rios formatos\u201d. Eis o caminho para o sonhado happy end<\/em>.<\/p>\nUm papinho com Karina Dias<\/span><\/h3>\n